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Parabadminton: Milani Silva e Marya do Carmo são contempladas com apoio financeiro da BWF

Sexta, 07 de Maio de 2021, 19h00
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A Federação Mundial de Badminton (BWF) confirmou os nomes de Marya do Carmo da Conceição Pereira e Milani Maria Silva Gomes como as duas atletas brasileiras de parabadminton contempladas para receberem o auxílio financeiro da entidade, que permitirá a cada uma participar de pelo menos um torneio do calendário internacional de 2021, conforme publicado no dia 15 de março.

- A BWF abriu inscrições para bolsas com o valor máximo de 800 dólares (r$ 4.200) e, pelo regulamento do programa, somente duas atletas por país poderiam ser indicadas. A Confederação Brasileira de Badminton abriu chamado para as atletas participarem do pleito, e dentre as candidatas indicadas e com documentação correta, a BWF aprovou a Milani e a Marya - explicou o Coordenador de Parabadminton da CBBd, Victor Lee.

Os benefícios, que foram destinados somente para atletas do sexo feminino, só poderão ser gastos com três itens: inscrições esportivas, pacotes de participação em competição (hospedagem, alimentação e transporte) e passagens aéreas.

- Todo apoio é bem-vindo. A bolsa é importante não só para as atletas e para a CBBd, mas para a modalidade como um todo ter a certeza que a BWF quer desenvolver o parabadminton em todas as áreas e para ambos os gêneros - analisou, Victor.


Marya do Carmo: do interior do Maranhão para o mundo

A jovem atleta Marya do Carmo da Conceição Pereira, 16 anos, foi apresentada ao parabadminton pela primeira vez em 2019, pelo seu técnico Robson Abreu. No mesmo ano, estreou nas Paralimpíadas Escolares, terminando como vice-campeã na disputa de simples SU5, ficando atrás apenas da atleta Mikaela Almeida, que poucos meses antes havia sido campeã dos Jogos Parapan-Americanos de Lima. 

Atualmente morando na cidade de Estreito, interior do Maranhão (MA), a mais nova de três irmãs conta com o apoio de sua mãe, Marya de Jesus, que ficou desempregada em 2020 e dedica o tempo integral para acompanhar a filha na rotina esportiva.

- Estou numa felicidade só com a minha filha! Não tenho nem explicação. Pra gente que vem de uma origem humilde mas que sonha alto, esta é uma grande conquista. Agora vamos providenciar a documentação para ela poder viajar pois o resto é só alegria - falou Marya de Jesus com a CBBd, mostrando seu orgulho pela conquista da caçula.

Sobre a rotina atual de treinos, o técnico Robson utiliza a quadra do colégio onde Marya do Carmo estuda.

- Os treinos acontecem 3 vezes por semana, às segundas, quartas e sextas, das 16h às 18h, nas dependências da quadra esportiva da escola. Diante da pandemia, a dificuldade foi manter as condições necessárias para evitar o contágio mas seguimos todos os protocolos sempre com álcool gel, garrafa de água individual e higienizando constantemente os equipamentos.


Milani Maria: fé de onde nasceu o Brasil, fé de Cabo de Santo Agostinho

A pernambucana Milani Maria, 27 anos, participou de seu primeiro torneio nacional também em 2019, conseguindo a 5ª colocação na disputa de simples WH1 Feminina. Atualmente integrando a Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Pernambuco, a paratleta passou dias na expectativa pela confirmação da BWF.

- Eu estava muito ansiosa quando recebi a notícia em casa, correndo atrás para resolver toda a documentação mas eu sentia que iria conseguir. Todos os dias orei pedindo a Deus que desse tudo certo e deu! - contou Milani.

Fora da pandemia, a atleta treinava no Instituto de Educação Pernambuco (IEP) Escola Sylvio Rabello, sob a orientação do técnico André de Deus, três vezes na semana, com uma carga de duas horas por treino. Devido as restrições atuais, Milani treina no momento uma vez por semana durante duas horas.

Mãe desde os 21 anos, Milani mora em Cabo de Santo Agostinho, Recife (PE), e atualmente fora do mercado de trabalho, conta com o auxílio do governo para criar sozinha a filha Thayna Vitória, de 6 anos. Mesmo diante das adversidades, a atleta permanece confiante e positiva ao falar do futuro.

 - Tenho grandes expectativas quando olho para frente. Que eu siga aprendendo cada vez mais, ganhando medalhas, lutando, vencendo e sobretudo agarrando as oportunidades que aparecem para me levarem ao melhor caminho - ressaltou Milani, mostrando sua força e fé através das palavras.


Para Victor Lee, a representatividade da presença de Marya e Milani em um torneio internacional de parabadminton vai muito além das possibilidades de bons resultados em quadra.

- É importante destacar que duas atletas brasileiras poderem competir em um torneio internacional agrega uma grande experiência não só para elas, mas também para o país que consegue pegar carona e promover o parabadminton feminino do Brasil para todo o mundo - concluiu o coordenador da modalidade na CBBd.

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