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Mais um árbitro brasileiro a caminho dos quadros da PANAM

Terça, 25 de Julho de 2017, 10h04

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Tecnologia da Comunicação/CBBd/HM

O árbitro Pablo Schoeffel de Santa Catarina é mais um árbitro brasileiro que está sendo avaliado durante o Campeonato Pan Americano Júnior de Badminton que está sendo realizado no Canadá e caso seja aprovado, Pablo passará a integrar o quadro de arbitragem da Confederação Pan Americana de Badminton.

Pablo tirou uns minutos de folga para conversar com o site da CBBd:

CBBd - COMO ESTÁ SENDO SUA EXPERIÊNCIA NESTE TORNEIO INTERNACIONAL?

Pablo Schoeffel - Está sendo uma experiência única, pois além de estar podendo interagir e aprender com árbitros de grande experiência internacional, este é o primeiro evento que atuo fora do Brasil, embora já tenha atuado em vários eventos internacionais sediados no país.

CBBd - VOCÊ É ARBITRO NACIONAL E JÁ ATUOU EM DIVERSOS TORNEIOS NO BRASIL. O FATO DE ESTAR SENDO AVALIADO ATRAPALHA EM ALGUMA COISA NO SEU DESEMPENHO NOS JOGOS??

P.S. - Na verdade não, acredito que até ajude, pois é uma forma de estar sempre muito atento e cuidadoso na atuação, além de ter feedback constante dos avaliadores.

CBBd - COMO VOCÊ AVALIA O NÍVEL TÉCNICO DOS ÁRBITROS DO BRASIL EM RELAÇÃO AOS ÁRBITROS ESTRANGEIROS QUE ESTÃO PARTICIPANDO DESTA COMPETIÇÃO.

P.S. - Tenho certeza que o Brasil está muito bem em relação à arbitragem. Além da qualidade dos árbitros brasileiros, que se equipara ou supera qualquer país das Américas, a quantidade de árbitros com formação no Brasil é maior que grande parte senão todos os países da América. Creio que, pela qualidade, muitos árbitros brasileiros possuem plena condição de serem árbitros internacionais e aumentar ainda mais a representatividade do Brasil. Talvez o maior obstáculo para muitos seja o idioma, tendo de ter um conhecimento razoável em inglês.

CBBd - E COM RELAÇÃO A COMPETIÇÃO EM SI, A ORGANIZAÇÃO DOS TORNEIOS NO BRASIL FICA A DEVER EM ALGUMA COISA PARA A ORGANIZAÇÃO EM UM GRANDE PAÍS COMO O CANADÁ??

P.S. - Nesse aspecto, também acredito que não deixamos a desejar no Brasil. Apesar do número de pessoas trabalhando e envolvidas na organização aqui ser bem maior, a organização é muito similar aos eventos realizados no Brasil, o que enaltece ainda mais o trabalho feito no Brasil. A única diferença significativa é na estrutura física, já que aqui os jogos estão sendo realizados num Centro que foi construído para os jogos Pan-Americanos, com boa iluminação, espaço confortável para oito quadras, climatização, etc.

CBBd - POR FIM, CERTAMENTE VOCÊ SERÁ APROVADO. DEPOIS DISSO, QUAIS SERÃO SUAS PRÓXIMAS PRETENSÕES COMO ÁRBITRO INTERNACIONAL DE BADMINTON??

P.S. - Bom, primeiramente só poderei ter certeza da aprovação depois do resultado. O processo de avaliação é rigoroso, incluindo uma prova teórica com aproveitamento mínimo de 80 e também avaliação diária do desempenho em quadra. Já soube de diversos árbitros que não passaram ou tiveram de fazer diversas vezes a avaliação. Mas creio que esteja fazendo meu melhor e espero que ao final consiga a acreditação, para que o Brasil passe a ter mais um árbitro no cenário Internacional. A partir disso, pretendo atuar em competições internacionais nas Américas para tão logo seja possível qualificar-me no próximo nível que é ser árbitro pan-americano certificado. Seguindo os mesmos passos, a ideia é trabalhar para um dia tornar-se árbitro BWF e representar o Brasil em grandes eventos, também na arbitragem. Em paralelo, sou juiz de linha BWF e quero participar, sempre que possível, de grandes competições, para ganhar experiência e conhecimento. Por exemplo, em dezembro desse ano vou atuar como juiz de linha no Superseries Finals de Dubai.

Queria aproveitar e agradecer a CBBd pela oportunidade e confiança depositada em mim. Tentarei retribuir fazendo meu trabalho da melhor forma possível. E também agradecer a todos os companheiros referees, árbitros e juízes de linha do Brasil, com os quais sempre aprendo cada vez mais.